quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nowhere Man

Dia 9 de Outubro John Lennon faria setenta anos se estivesse vivo. E dia 8 de Dezembro, farão trinta anos sem John.
E curiosamente, nesse mesmo ano, foram lançados no Brasil dois filmes relacionados ao músico: o documentário Os Estados Unidos x John Lennon( The US x John Lennon,falando um pouco do seu lado político, e o longa Garoto de Liverpool( Nowhere Boy, no original), contando sua vida. O segundo está em cartaz no Festival do Rio.
Qualquer pessoa que me conhece sabe que sou completamente apaixonado por Beatles. Embora o meu favorito dos quatro seja o George Harrison( que vai ganhar um documentário do Scorcese) eu tenho um carinho muito grande pelo John.
Ele teve uma vida difícil. Embora tenha sido criado por tios que só queriam o seu melhor, sofreu muito ao ser abandonado pela mãe, que mais tarde morreria em um acidente de carro. E quando ia para a primeira apresentação do filho. Foi para ela que ele escreveu Julia.
Vivia soltando piadas, rindo e debochando dos outros, mas era sua própria forma de lidar com seus demônios interiores.
Mesmo depois do fim dos Beatles, vai ser o eterno cúmplice do Paul McCartney. Deixou para trás uma esposa e um filho para se casar com a excêntrica artista plástica Yoko Ono.
Cometeu erros. Mas que não os comete? Nosso maior problema é divinizar pessoas famosas, esquecendo que eles também são humanas.
Era extremamente politizado, se envolvendo em várias causas.
Foi morto pelas mãos de um fã, de forma estúpida.
E, obviamente, foi um dos maiores músicos que este planetinha azul já viu.
Apesar de todos os problemas e de se sentir a vida inteira um "nowhere man", ele nunca calou sua voz.
John fez milhões de canções, mas talvez a mais conhecida pelos que não são Beatlemaníacos e Lennonmaníacos seja Imagine. Isso deve muitos de fãs ortodoxos de nariz torcido. Ainda existem aqueles que podem classificá-la como clichê demais.
Mas convenhamos, são poucas as músicas que expressam o sonho de uma pessoa de forma tão clara. O sonho de um mundo melhor não só para ele, mas para todos.É só ouvir para nós lembrarmos dos Onion Glasses encarapitados num nariz curvo, e aquele sorriso debochado e olhinhos apertados.
Esse era John Lennon.Um garoto de Liverpool, membro da maior banda de rock de todos os tempos, piadista, homem de lugar nenhum....

e mais do que tudo, um eterno sonhador.